8º Congresso Brasileiro de Missões (CBM) acontece em outubro

Martureo é um dos patrocinadores e ministrará algumas das oficinas

De 26 a 30 de outubro, em Águas de Lindóia (SP), acontece a 8ª edição do Congresso Brasileiro de Missões (CBM), um dos principais eventos sobre o tema no meio evangélico brasileiro.

O Martureo – Centro de Reflexão Missiológica será um dos patrocinadores da iniciativa, organizada pela Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB), e Marcos Amado, Diretor do Martureo, ministrará algumas das oficinas que constam da programação.

Realizado a cada 3 anos, o CBM reúne a liderança das principais agências missionárias do País, de centros de preparação e treinamento e de igrejas. “Além de os participantes atualizarem-se sobre as tendências do movimento missionário brasileiro e global, números, boas práticas; a oportunidade de troca, de estreitar relacionamentos e estabelecer conexões, é única”, explica Rodrigo Gomes, Diretor Executivo da AMTB.

Em 2017, o público do congresso girou em torno de 1500 participantes, e os organizadores esperam repetir (ou mesmo superar) o número este ano. O tema de 2020 do CBM – Verdades que não podemos ignorar – é um esforço para que Cristo esteja no centro da Missão. “Não podemos deixar de estudar metodologias, de fazer pesquisa, de identificar os povos não alcançados e planejar ações, mas o momento pede uma revisita à bases: dependência de Cristo, fé no sobrenatural, ação de Deus apesar e através de nós, ser antes de fazer, vida devocional e de oração”, afirma Gomes.

Confirmaram presença preletores com reconhecida bagagem missiológica como Ronaldo Lidório, Cácio Silva, Jeannie Marie, Renaut Van Der Riet e John Becker. Outro ponto de destaque da edição deste ano é a divulgação dos resultados da segunda etapa da pesquisa sobre a força missionária brasileira transcultural. Realizada pelo Departamento de Pesquisas da AMTB, ela coletou, entre outros dados, informações sobre a saúde física e emocional dos que estão no campo. “Não adiantarei nenhuma estatística, mas posso dizer que a realidade a ser apresentada exigirá mudanças”, alerta.

Programa contínuo de preparo

No último congresso da Comibam (Cooperação Missionária Ibero-americana), realizado em Bogotá (2017), a questão da “qualidade” dos missionários latino-americanos que estão no campo gerou bastante discussão. Mal preparados, arrogantes e etnocêntricos foram algumas das expressões utilizadas para descrevê-los em linhas gerais. O número de missionários que retornam para o país de origem, e consequente desistem de atuar em um contexto transcultural, já no primeiro ciclo (antes de completarem 3 anos no campo) de trabalho é muito elevada: um terço.

Segundo Paulo Moreira Filho, Coordenador de Mobilização da Sepal, a questão envolve não apenas melhorar o preparo antes do envio. “É necessário ter um programa contínuo de treinamento. Algo estruturado, que contemple leituras, EAD e também, se possível, visitas de mentores ao campo para reciclagem da equipe. As igrejas enviadoras também precisam estar mais envolvidas no processo. Como, em muitos casos, a agência define a atuação do missionário, responsabiliza-se pelo treinamento, pela comunicação, enfim, exclui a igreja de tudo exceto contribuir para o sustento, ocorre, em boa parte dos casos, um desconexão dos que estão no campo com a comunidade local, o que gera um sentimento de abandono e isolamento”, explica Moreira, que esteve em boa parte das edições do CBM.

Ainda bem que o congresso esta aí para que todas essas questões possam ser discutidas entre os participantes e, pela graça de Cristo Jesus, devidamente encaminhadas. Já fez a sua inscrição?

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