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[mk_page_title_box page_title=”Definindo Missões” page_subtitle=”Marcos Amado” section_height=”100″ bg_type=”color” font_size=”30″ title_letter_spacing=”1″ font_color=”#303030″ font_weight=”500″ underline=”false” padding=”12″ sub_font_size=”18″ sub_font_color=”#5b5b5b” sub_font_weight=”300″][mk_padding_divider size=”50″][mk_button corner_style=”rounded” size=”large” icon=”mk-moon-download” icon_anim=”side” url=”https://www.martureo.com.br/wp-content/uploads/2018/06/video_1_-_definindo_missoes.pdf” align=”center” margin_bottom=”0″ margin_right=”0″ bg_color=”#00c6c9″]Faça o download do artigo. [/mk_button][mk_padding_divider size=”50″]

Nesta série de vídeos estaremos falando sobre algumas das principais realidades que, de uma forma ou de outra, estão ou irão influenciar o nosso envolvimento missionário no presente século. Mas para falarmos sobre isso precisamos, antes de mais nada, tentar definir a palavra missões, já que podemos encontrar várias definições no meio evangélico.

Apesar de as palavras ‘missão’ ou ‘missões’ não serem mencionadas nenhuma vez na Bíblia, elas certamente estão entre os termos mais utilizados pelos cristãos evangélicos ao redor do mundo. A palavra ‘missão’ tem sua origem na palavra latina ‘mittere’, que significa enviar. Antes do século 16 esta palavra só era utilizada quando o assunto estava relacionado à Trindade, e mais especificamente ao envio do Filho e do Espírito Santo pelo Pai.

Foi Inácio de Loyola, o fundador da Companhia de Jesus, também conhecida como ‘Os Jesuítas’, quem, pela primeira vez, utilizou a palavra ‘missões’ com o significado de enviar cristãos para as nações com o intuito de disseminar o Evangelho. Esse conceito de missões, ou seja, o de enviar missionários transculturais para a tarefa de compartilhar as Boas Novas de Cristo, foi o que também acabou prevalecendo entre os evangélicos brasileiros. Com o surgimento e fortalecimento do movimento missionário brasileiro transcultural nas décadas de 70 e 80, e tendo como base principal a Grande Comissão de Jesus registrada nos Evangelhos e nos Atos dos Apóstolos, missões passou a ser entendida como o envio de missionários transculturais com o objetivo de evangelizar, fazer discípulos e estabelecer novas igrejas. Poderíamos chamar essa compreensão de ‘a definição evangélica tradicional de missões’. Seria a definição que normalmente escutaríamos se pedíssemos a um evangélico brasileiro que nos explicasse o que é missões.

Por outro lado, por meio de um documento assinado por centenas de pastores brasileiros há cerca de dois ou três anos, foi afirmado que a missão da igreja consiste “na pregação das Escrituras e na administração correta do Batismo e da Ceia”. As demais coisas virão como consequência de sermos diligentes e fiéis no cumprimento dessa missão. Ainda outros entendem que a missão consiste em anunciar o Evangelho por meio do nosso envolvimento na sociedade, principalmente no cuidado do pobre e na defesa dos que sofrem injustiças.

Poderíamos mencionar outras definições, mas com as que acabamos de ver já temos uma ideia da variedade de compreensões que, como evangélicos brasileiros, possuímos sobre o assunto. A primeira definição enfatiza o evangelismo, a segunda enfatiza a pregação e a celebração dos sacramentos ou ordenanças, e a terceira enfatiza nosso envolvimento social. Além disso, também podemos notar que a palavra pode ser utilizada no singular ou no plural.

Segundo David Bosch, proeminente teólogo e missiólogo sul-africano, missão (no singular) é sinônimo de “Missão de Deus” e é a expressão utilizada para designar “a auto revelação de Deus como aquele que ama o mundo, o envolvimento de Deus no e com o mundo, a natureza e atividade de Deus, que compreende tanto a igreja quanto o mundo, e das quais a igreja tem o privilégio de participar”. Ou seja, Deus tem uma missão e nós temos o privilégio de participar dela.

Missões, no plural, é o que emana da Missão de Deus. Ela designa, segundo Bosch, “formas particulares, relacionadas com tempos, lugares ou necessidades específicas, de participação na Missão de Deus”.

Se unirmos essas afirmações de David Bosch com o que Chris Wright diz, de que a Missão de Deus é a “a destruição final de toda a maldade existente na criação”, podemos dizer que estamos envolvendo-nos com missões quando, de alguma forma, estamos, em nome de Jesus, participando de forma multifacetada, das atividades que, de uma maneira ou outra, contribuem para a realização da Missão de Deus de ver, no final dos tempos, “a destruição final de toda a maldade existente na criação”. Essa missão será realizada por Deus, mas nós temos o privilégio de sermos partícipes dela “fazendo” missões.

Ainda segundo Bosch, precisamos entender que missões inclui o sim e o não de Deus ao mundo. O sim de Deus “revela-se, em grande medida, no engajamento missionário da igreja no tocante às realidades de injustiça, opressão [e] pobreza…”, enquanto que o não de Deus ao mundo confirma “a missão e a evangelização… como expressão de nossa oposição e conflito com o mundo… Por conseguinte, nem uma igreja secularizada (isto é, uma igreja que se preocupa apenas com atividades e interesses deste mundo) nem uma igreja separatista (isto é, uma igreja que só se envolve em salvar almas e preparar os convertidos para o além) podem articular fielmente a Missão de Deus”.

Como, então, podemos resumir tudo isso em uma só definição? A definição de missões que, na minha opinião, mais se aproxima da sintetização das ideias mencionadas acima, e que por isso será utilizada nesta série de vídeos, será a que emana do “Compromisso da Cidade do Cabo”, produzido pelo Movimento de Lausanne. Ela afirma que missões significa “ser testemunha do Senhor Jesus Cristo e de todo o seu ensinamento, em todo o mundo e em todas as esferas da sociedade”.

E quais são as implicações de uma definição como a que acabei de mencionar, que é mais ampla do que a definição evangélica tradicional? É justamente o que veremos no próximo vídeo. Enquanto isso, envie-nos seus comentários. Isso certamente enriquecerá nossa reflexão.

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