Missão Primordial

Uma resenha do livro de Chun K. Chung por Tim Carriker

O livro de Chun Kwang Chung, Missão primordial[1] é importante tanto para a teologia bíblica em geral quanto para a teologia bíblica de missão mais especificamente. É importante para a teologia bíblica em geral porque nela a compreensão dos primeiros capítulos de Gênesis sempre ocupa um papel grande. Também é importante a teologia de missão porque aqui se encontra a primeira incumbência—logo, “missão”—para o ser humano e assim contribui para o esclarecimento e enriquecimento do conceito da missão de Deus e consequentemente da missão da igreja. E isso, por sua vez, redunda no esclarecimento da prática missionária. Se queremos exercer a missão que Deus nos deu de modo bíblico, obviamente urge considerar de novo que missão é esta… sem necessariamente desprezar ou diminuir as conquistas durante as últimas décadas sobre esta conceituação, por exemplo, a prioridade de alcançar povos não alcançados.

 

Para tanto e com toda a razão, Chung dá atenção para o início (Gn 1—2) e o fim (Ap 21—22) das Escrituras, que formam a “moldura” da narrativa inteira destas Escrituras e assim são determinantes para estabelecer o seu enredo mestre. Afinal, toda boa história desemboca e assim se revela e se fecha no seu final e quase sempre dá pistas deste enredo logo no início. Se entendermos as Escrituras como inspiradas pela Espírito Santo, podemos antecipar que por trás de todas as suas histórias dos autores humanos está a mão de Deus e por isso, alguma linha mestre, sim, algum enredo mestre por trás de todos os outros enredos. Eis a importância de uma teologia bíblica de missão acertar bem sua análise e interpretação do início e do fim das Escrituras para depois elaborar se e/ou como tal interpretação é um fio condutor por trás das Escrituras em geral.

 

Eis a importância do estudo que Chung propõe. E o seu resultado foi feliz? Na minha avaliação a seguir, em alguns aspectos foi feliz. Em outros vejo sérias deficiências. Apenas quero afirmar logo no início que os pontos problemáticos não anulam a relevância das contribuições positivas.

 

Primeiro, além do Chung acertar na importância e relevância dos relatos da criação para uma teologia de missão, ele fez uso de excelentes fontes de conhecimento teológico[2], bíblico[3], missiológico[4] e arqueológico[5]. Dá muito trabalho assimilar estas contribuições e Chung precisa ser reconhecido por fazer isso na condição de missiólogo. Acima de tudo, a procura da temática de “missão” em Gênesis 1 e 2 não só é louvável, mas também absolutamente
necessário para entendermos o designo de Deus para mundo e o papel do Seu povo na participação do cumprimento desta.[6]

 

Em termos de conteúdo, são apenas 4 capítulos resumidos, um total de 125 páginas de texto pelo autor. Primeiro, ele parte de uma definição de missão/missões de Chris Wright:

 

fundamentalmente, nossa missão (se esta for biblicamente definida e validada) designa nossa participação ativa como povo de Deus, a convite de Deus, segundo o mandamento de Deus, na missão do próprio Deus, realizada na história do mundo de Deus para a redenção da criação de Deus. (p.11)[7]

 

A próxima sentença do Chris Wright, depois desta definição que Chung cita, esclarece mais ainda: “Nossa missão flui da missão de Deus e dela participa” (ênfase acrescentada).[8]

 

Mas há distinções importantes sobre o conceito de “missão/missões” entre Chung e Wright. Diferente do Chung, Wright faz questão de distinguir “missão” de “missões”.[9] Também quando Wright fala da “criação” ele não está se restringindo à humanidade, mas está englobando o planeta todo, tanto dentro de escopo da redenção por Deus como dentro da compreensão da missão de Deus e consequentemente da missão do povo de povo.[10] Chung, longe de Wright, exclui da categoria de “missão” o cuidado da criação (p.10): “Não devemos confundir o cuidado com a criação com missão”, exclusão esta que considera assunto encerrado citando A Chamada à Ação de Jamaica, uma consulta teológica organizada pelo Movimento Lausanne (p.36, nota 49). Entretanto, este documento da Jamaica que Chung entende fechar o assunto fala exatamente o contrário:

 

A nossa discussão, estudo e oração em conjunto levaram-nos a duas conclusões principais:

O cuidado com a criação é efetivamente uma “questão do evangelho dentro do Senhorio de Cristo” (CCC I.7.A). Enquadrados e inspirados pelo nosso estudo das Escrituras – a intenção, plano e ordem originais para cuidar da criação, as narrativas da ressurreição e a verdade profunda de que em Cristo todas as coisas foram reconciliadas com Deus – reafirmamos que o cuidado com a criação é um assunto que deve ser incluído na nossa resposta ao evangelho, proclamando e agindo com base nas boas novas do que Deus já fez, e vai completar, para a salvação do mundo. Isto não é apenas biblicamente justificável, mas é parte integral da nossa missão, e é uma expressão de nossa adoração a Deus pelo seu maravilhoso plano de redenção através de Jesus Cristo. Por isso, o nosso ministério de reconciliação é causa de grande alegria e esperança, e nós cuidaríamos da criação mesmo se a criação não estivesse em crise.

 

Enfrentamos uma crise que é premente, urgente, e que deve ser resolvida na nossa geração. Muitas das pessoas mais pobres, dos ecossistemas e das espécies da flora e fauna do nosso planeta estão sendo devastadas por múltiplas formas de violência contra o meio ambiente, tais como mudanças climáticas globais, desmatamento, perda de biodiversidade, pressão sobre os recursos hídricos, poluição, entre outras. Já́ não nos podemos dar ao luxo da complacência e do debate interminável. O amor a Deus, ao nosso próximo e a toda a criação, bem como a nossa paixão pela justiça, comprometem-nos com uma “urgente e profética responsabilidade ecológica” (CCC I.7.A).[11]

 

O contraste é nítido e Chung encerra o assunto ora por diminui-lo, ora por simplesmente não entender nem a significância contemporânea o bíblico do assunto:

 

A essência da missão é levar a adoração a todo o planeta. Plantar árvores e salvar baleias são tarefas importantes do mandato cultural de dominar a terra que todo crente deveria exercer, mas a missão consiste em buscar o perdido e torná-lo um discípulo adorador (ênfase minha, p. 36).[12]

 

Assim, Chung toma uma posição diametricamente contrária tanto a Christopher Wright quanto ao Movimento Lausanne em geral.

 

Segundo, Chung enfatiza ao longo do livro a dimensão doxológica da missão a partir dos relatos da criação. Quem não está familiarizado com esta perspectiva pode estranhar a afirmação. Entretanto, Chung se baseia nos livros de Beale e Walton… pelo menos até certo ponto. Sua tese é:

 

Antes mesmo da queda e da devastação do universo pelo mal, a missão de Adão consistia em levar toda a criação a glorificar e a louvar a Deus por meio de sua representatividade sacerdotal e seu domínio real (p. 13).

 

De grande parte eu me simpatizo com esta perspectiva. Os livros do John Piper muito contribuíram para resgatar o devido lugar da glória de Deus e de fazer esta glória conhecida como marcas fundantes da teologia missionária. Também é fácil entender como Chung derivou esta perspectiva das excelentes fontes de John Walton e Gregory Beale. Walton, por exemplo, afirma[13]:

 

… em termos bíblicos, a ordem é relacionada ao espaço sagrado. O espaço sagrado é o centro da ordem, na medida em que Deus é a fonte da ordem. Portanto, quando falamos sobre o estabelecimento da ordem, estamos, de fato, falando sobre o estabelecimento de um espaço sagrado. (p. 37)

 

Não seria difícil para qualquer leitor do Antigo Oriente Próximo olhar brevemente para o relato do dia sete e concluir ser uma história sobre um templo …. Como observamos no Salmo 132, o templo era o centro do governo divino. No mundo antigo, ele era a base de comando do cosmos – a sala de controle a partir da qual o deus mantinha a ordem, estabelecia decretos e exercia soberania. (p. 60)

 

Gênesis 2 explica como os humanos funcionam no espaço sagrado e em favor dele (em contraste a Gênesis 1, que aborda como o espaço sagrado funcionou para a humanidade). Gênesis 2 localiza o centro do espaço sagrado (o jardim) em contraste a Gênesis 1, que indica apenas que o cosmos foi estabelecido para ser um espaço sagrado. (p. 86).

 

Eu proponho que os termos “servir” e “cuidar” transmitem tarefas sacerdotais ao invés de responsabilidades agrárias e de jardinagem. Em Gênesis 2.15, Deus coloca Adão no jardim e o comissiona a “cuidar dele e cultivá-lo”. (p. 139).

 

Também Gregory Beale afirma[14]:

 

De fato, podemos falar de Gênesis 1.28 como a primeira “Grande Comissão” que foi repetidamente transmitida à humanidade. A comissão deveria abençoar a terra, e parte da essência dessa bênção era a presença salvadora de Deus. Antes da Queda, Adão e Eva deviam gerar descendentes que encheriam a terra com a glória de Deus refletida por cada um deles, os quais haviam sido feitos à imagem de Deus. Depois da Queda, um remanescente criado por Deus à sua imagem restaurada tinha de sair e espalhar a presença gloriosa de Deus entre o restante da humanidade em trevas. Esse “testemunho” deveria continuar até que o mundo inteiro estivesse cheio da glória de Deus. (p.177).

 

Esta é a conclusão também de Chung. Mas Walton não chega a mesma conclusão, apesar de afirmar as semelhanças entre o segundo relato da criação acerca do Éden e a construção do Tabernáculo e do Templo de Israel. Ao invés disto, entende que a redação de Gênesis 1 e 2 se configura explicitamente em termos da presença de Deus pelo meio que os ouvintes originais na época de Moisés iriam entender melhor: a construção do Tabernáculo e do Templo. Assim, poderia perfeitamente inverter a tese do Chung e dizer que o Tabernáculo e o Templo foram concebidos e construídos para lembrar Israel que o “serviço” e a “vigilância”[15] sacerdotais ao Senhor é uma e ao mesmo tempo um serviço e vigilância pela criação de Deus. Esta é a conclusão tanto do John Walton quanto do Christopher Wright e N.T. Wright que Chung categoricamente rejeita. Walton e os dois Wrights, sustentam essa posição após análise neotestamentaria a respeito do papel de Cristo como o “último” Adão que cumpre o papel dado à humanidade em Gênesis 1.26. Chung negligencia essa percepção justamente porque o seu enfoque está no templo (e assim busca passagens no Novo Testamento que fazem vínculo com o templo) e não na função e papel do Último Adão como o cumprimento do papel do “primeiro” Adão.

 

De qualquer maneira, imputar a perspectiva de Chung (e Beale) sobre a imagem de Deus na interpretação de Gênesis 1.26 é tortuosa. Chung afirma:

 

Assim, podemos sintetizar a missão de Adão em Gênesis 1.26-28: Através da mediação de Deus a missão consiste em levar a glória de Deus a todos os cantos da criação fazendo com que todo o ser que respire louve ao Senhor (Sl 150) (pp.36-37).

 

É uma afirmação bonita e certamente almejamos, especialmente pela evangelização, que “a terra se encherá com a glória do Senhor assim como as águas cobrem o mar” (Hc 2.14). Mas é isto que Gênesis 1.26 está afirmando, ou está afirmando que a missão de Adão (primeiro, a humanidade e posteriormente a nova humanidade) é de governar e ordenar toda a criação? Entretanto, o cuidado da criação é uma categoria fora da missão para Chung, o que nos leva a considerar mais de perto Gênesis 1.26-28 como terceira observação acerca do livro de Chung…

 

Terceiro, desde o início até o fim, Chung identifica a definição da imagem de Deus no ser humano a partir de Gn 1.28, e não Gn 1.26-28 (p.10). Obviamente ele é obrigado a dizer alguma coisa sobre versículos 26 e 27 também[16], mas ao invés destes versículos esclarecerem e definirem o versículo 28, ele faz o contrário. Para Chung, a imagem de Deus no ser humano se define pela ordem de multiplicar-se e ser fecundo e esta multiplicação da imagem de Deus se traduz em evangelização mundial, já que, ao evangelizar, o ser humano caído se transforma em ser humano resgatado e resgatado à imagem de Deus. Como mencionado acima, a tese em si é interessante e competente. Entretanto, ela ignora a subordinação de Gênesis 1.28[17]  dentro do seu contexto imediato, especialmente Gênesis 1.26 onde se menciona pela primeira vez a imagem de Deus. Uma sequência mais adequada destes três versículos se segue:

 

  1. Gn 1.26 – “Então Deus disse, ‘Façamos o ser humano na nossa imagem, conforme a nossa semelhança para que eles possam governar sobre os peixes do mar e as aves dos céus, sobre o gado, e sobre toda a terra e sobre todos as criaturas que rastejam sobre a terra’” (tradução literal minha). Observação gramatical: Após a coortativa (na‘śeh = “façamos”), a forma verbal prefixada com vav (uma única letra v) conjuntiva indica propósito/resultado (ver Gn 19.20; 34.23; 2Sm 3.21). Também o verbo, “governar” ou “dominar” (rādāh), é gramaticalmente jussiva somente no seu significado e junto com o vav coortativa traduzimos: para que possam governar ou para que governem. Isto é, o propósito de Deus ao dar à humanidade sua imagem é que eles e elas possam governar a ordem criada em nome do rei celestial e de sua corte real. Portanto, a imagem divina, seja como for definida, dá à humanidade a capacidade e/ou autoridade para governar a criação. Esta é também a interpretação hebraica encontrada no Salmo 8.
  2. Gn 1.27 – “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus ele o criou, homem e mulher os criou” (tradução da NAA). Este versículo é a transição entre o versículo anterior e o posterior, sugerindo a partir da existência de dois gêneros (v.27), como o governo “sobre toda a terra” (v. 26) irá acontecer, isto é, pela sua reprodução, a multiplicação (v.28).
  3. Gn 1.28 – “E Deus os abençoou e lhes disse: ‘Sejam fecundos, multipliquem-se, encham a terra e sujeitem-na. Tenham domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra’” (tradução da NAA). A lógica dos três versículos se revela: Pela ocupação da terra (a mesma ordem dada posteriormente para Abraão) por meio da sua reprodução, a humanidade terá as condições de cumprir a ordem de Deus dada em Gn 1.26 de governar toda a terra e assim Deus será glorificado não só pela existência e multiplicação da sua imagem (posteriormente, a evangelização mundial), e sim, por meio desta existência, a possiblidade de exercer a função da imagem em termos de governo sobre a criação de Deus.[18] Aliás, vale reparar que Gn 1.26 segue Gn 1.1-25, que por sua vez relatam como Deus “arrumou” a sua casa, isto é, ordenou e governou sobre a criação toda. A imagem de Deus no ser humano seria um espelho desta mesma função, como vice-regente debaixo da regência mor do Soberano Criador. Agora, a linguagem de Gênesis 1 e 2 seria entendido pela sua audiência original pelas categorias do templo? Sim! As pesquisas exaustivas de Walton e Beale não deixam dúvida disto e somos devedores a Chung por traduzir esta perspectiva dentro da comunidade de reflexão missiológica. Mas categoricamente não é à exclusão do mandato criacional[19] de Gênesis 1.26. Beale, de certo modo, é culpado também de diminuir ou simplesmente não reparar a significância de Gênesis 1.26 como o início do mandato.

 

Boa parte do problema é hermenêutica cujo princípio básico é: ultimamente para o cristão, o Novo Testamento interpreta o Velho. Chung não elabora como Cristo cumpre a incumbência dada para Adão em Gênesis 1.26 de “dominar” ou governar a criação de Deus, algo que Paulo trata em Efésios 1.10, 20-23; Colossenses 1.13-20; 1 Coríntios 15.20-28[20] e Romanos 8.18-25[21]. Logo a maneira como e a razão da multiplicação da imagem de Deus em Gênesis 1.28, interpretada teologicamente (e corretamente) como a expansão da glória de Deus não encontra o seu meio: reinando sobre a criação de Deus em termos de cuidado como o maior testemunho missionário que Deus nos deixou (Salmo 19).

 

Curiosamente a resistência que Chung tem para englobar o mandato criacional dentro de um conceito da missão de Deus (com Christopher Wright faz repetidamente nos seus livros) pode estar vinculado à mesma resistência ao que denomina a missão integral (p.36, n.49), isto é a necessidade de computar igualmente o Mandato Real e a Grande Comissão como partes inseparáveis da missão de Deus e, por consequente, da preocupação missionária da igreja. Por exemplo, Chung afirma:

 

Quando chegamos ao objetivo final da história no livro de Apocalipse, a ênfase não está na restauração das florestas e oceanos, ou mesmo no fim de toda injustiça e pobreza. Os capítulos 21 e 22 falam dos novos céus e nova terra como um tempo final onde o mais importante é a presença de Deus com os povos (21.3). O problema de muitas missiologias de engajamento social é que não são teocêntricas e por vezes deixam Cristo completamente fora… (p. 70, ênfase acrescentada)

 

Aqui Chung se revela bem na contramão das afirmações de Lausanne que já integraram o testemunho de vida por meio de demonstrações de compaixão e justiça com o testemunho verbal. Pior, nem a visão de Apocalipse 21—22 sustenta a afirmação do Chung. Sim, claro, Apocalipse afirma que “o mar já não existe” no novo céu e nova terra, mas conforme Walton e Beale e o próprio Chung isto se refere à desordem que o mar representa tanto em Gênesis 1 quanto no restante da Bíblia. Agora, florestas, montanhas, rios, e criaturas fazem ampla parte da população do novo céu e nova terra no livro de Apocalipse. E enquanto certamente Deus estará presente com todo os povos, isto será justamente porque a perversão que sustenta a injustiça e a pobreza e causa a dor com a qual Deus não coexiste, não mais existirá (Ap 21.4). Agora, advogar o cumprimento do Mandato Real não é teocêntrico e totalmente isento de Cristo?! Afirmações equivocadas como estas colocam uma mancha lamentável sobre as boas contribuições que Chung nos traz.

 

Urge uma vez para sempre vencermos esta dicotomia entre a fé e as obras, entre glorificar a Deus e fazer o bem, como se tivéssemos que escolher entre os dois. Talvez uma leitura novamente da Carta do Tiago (ou até Gálatas 6 ou Romanos 12—13) … além dos profetas e acima de tudo, as palavras do nosso Senhor e Salvador Jesus em Mateus 22.

 

[1] Chung, Chun K. Missão primordial: Os fundamentos da missão em Gênesis 1-11. São Paulo: Missiológica, 2019;

[2] Veja John Piper, Alegrem-se os povos. 1ª edição. São Paulo: Cultura Cristã, 2019.

[3] Especialmente G. K. Beale, Templo e a Missão da Igreja: Uma teologia bíblica sobre o lugar da habitação de Deus. São Paulo: Vida Nova, 2021; John Goldingay, Old Testament Theology. Israel’s Gospel. Downers Grove: IVPress, 2003; Gerhard Von Groningen, Criação e consumação. São Paulo: Cultura Cristã, 2019. Veja as notas 1 e 2 nas páginas 48-49 do livro de Chung para outras fontes de destaque.

[4] Wright, Christopher J. H., A missão de Deus. Desvendando a grande narrativa da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 2014.

[5] Especialmente, John H. Walton, O mundo perdido de Adão e Eva: O debate sobre a origem da humanidade e a leitura de Gênesis. Viçosa: Ultimato, 2021.

[6] Escrevi extensivamente sobre isto no meu O propósito de Deus e a nossa vocação. Uma teologia bíblica da missão toda. Viçosa: Ultimato, 2021; também A Bíblia e a Missão: leitura, historia, autoridade e interpretação. 2022. https://www.amzn.com/B09SXK7XRZ.

[7] Esta definição não se encontra na página 20 do livro de Wright citado (A missão do povo de Deus). Está em outro livro como título parecido: A missão de Deus. Desvendando a grande narrativa da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 2014, p. 20.

[8] Veja, por exemplo: “… quando falo de missão, estou pensando em tudo o que Deus está fazendo em seu grande propósito para toda a criação e em tudo o que nos chama a fazermos para cooperar com este propósito” (ênfase no original). Wright, Christopher J. H., A missão do povo de Deus: Uma teologia bíblica da missão da igreja. São Paulo: Vida Nova e Betel Brasileiro, 2012.

[9] Chung, p. 10 e Wright, A missão do povo de Deus, pp. 31-32.

[10] Christopher Wright, A missão do povo de Deus, pp. 33 e A missão de Deus, pp. 420-421 (intitulado “A Terra toda como o campo da missão de Deus e nossa”) e pp. 429-430 (intitulado “O cuidado da criação e a missão cristã”).

[11] https://lausanne.org/pt-br/recursos-multimidia-pt-br/declaracao-da-consulta-pt-br/cuidado-com-a-criacao-chamado-a-acao.

[12] O problema com esta definição, que também se encontra em alguns setores da missiologia brasileira, é lógico e bíblico. O problema é lógico porque a palavra é definida primeiro de acordo com os prediletos de quem define e depois usada para excluir definições contrárias: uma lógica circular. E o problema é bíblico porque em nenhum lugar a palavra “missão” é derivada e razoada a partir da Bíblia. No caso do Chung, ele atribui uma definição à palavra “missão”, ignorando totalmente o seu ponto de partida na definição de Wright, e depois “encontra” esta definição em Gn 1.28 e Gn 2.

[13] O mundo perdido de Adão e Eva. Op.cit.

[14] Templo e a missão da igreja. Op.cit.

[15] Dos verbos “cultivar” (‘ābad) e “guardar” (šāmar) de Gênesis 2.15, que por se referirem em algumas outras passagens ao serviço a Deus, sacerdotal ou não, Beale e Chung concluem que o objeto direto dos verbos em Gênesis 2.15 também é Deus e não o jardim em si.

[16] Esta primeira incumbência e a primeira definição da imagem de Deus no ser humano em termos de “ter domínio” sobre a criação em Gn 1.26 é tratado apenas secundariamente nas páginas 31-32 e 37. Falaremos mais sobre isso mais adiante.

[17] Para Beale, “o paradigma controlador ao longo deste estudo foi Gênesis 1.28 em sua relação com o jardim do Éden em Gênesis 2” (ênfase acrescentada, p.637).

[18] Além do mais, vs.29-30 ressaltam mais ainda a relação da humanidade com a criação, inclusive como o governo humano sobre a criação ocorrerá na prática debaixo da benevolência do Criador.

[19] Frequentemente denominado “mandato cultural” via o holandês Abraão Kuyper, e reconceituado como “mandato missionário” pelo Chung pensando mais no versículo 28 fora do seu contexto imediato de versículos 26-28.

[20] Para a uma exegese elaborada de 1 Coríntios 15.20-28 veja capítulo 4 do meu A missão apocalíptica de Paulo. Uma hermenêutica missiológica. São Paulo: Abba Press, 2007, uma republicação de “A hermenêutica escatológica de Paulo: 1 Coríntios 15.23-28” in Fides Reformata, Volume 5, Número 1 (2000), pp. 117-134.

[21] Veja especialmente o meu Teologia bíblica de criação. Passado, Presente e futuro. Série: Um livro, uma causa. Viçosa: Ultimato, 2014. Edição eletrônica (E-Book gratuito: https://www.ultimato.com.br/loja/produtos/teologia-biblica-da-criacao-ebook.

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