O evangelho no Norte da África

200 milhões de pessoas, quase todas elas muçulmanas, vivem nos sete países que compõem a região

“As portas estão abertas para Jesus no Norte da África”, diz Enoque Ribeiro. Mas Argélia, Egito, Líbia, Marrocos, Mauritânia, Saara Ocidental e Tunísia – os sete países dessa região – não proíbem a pregação do evangelho? “Apesar disso, é possível, sim, sermos testemunhas de Cristo Jesus ali, onde vivem cerca de 200 milhões de pessoas, quase todas professando a fé islâmica”, afirma esse cristão, que morou no Marrocos por 16 anos (2002-2018).

Nos anos 1990, Enoque e sua esposa Simone foram chamados por Deus para servir entre amigos muçulmanos. “Tínhamos empregos estáveis, estávamos comprometidos com uma igreja local no interior de São Paulo, mas sabíamos que devíamos ir”, conta. E foram. À época, a primeira das duas filhas da Família Ribeiro estava com 9 meses.

Há dois anos (em 2018 o visto deles não foi renovado e tiveram de deixar o Marrocos em 15 dias), eles vivem no Sul da Espanha, mas o ministério com foco no Norte da África não foi interrompido. São três as frentes:

(1) apoio a imigrantes, em especial do Norte da África, que estão na Península Ibérica (Portugal e Espanha);

(2) apoio à Igreja no Norte da África;

(3) apoio à Igreja latina, em especial a brasileira, para que se engaje no trabalho cristão que há no Norte da África.

A fluência no idioma árabe facilita o trabalho junto aos imigrantes. O apoio à Igreja no Norte da África, por sua vez, acontece com discipulado e acompanhamento de líderes, sejam eles cristãos locais que já receberam o evangelho ou cristãos de outros países que podem viver lá como estudantes ou profissionais no intuito de serem testemunhas de Cristo. Esse acompanhamento é feito tanto à distância como em visitas periódicas que realizam, já que estão a 100 quilômetros da fronteira com o Marrocos. “Escutamos, caminhamos junto, e os apoiamos no desafio de serem cristãos onde a Igreja de Cristo é uma minoria perseguida”, explica Enoque.

Sobre a terceira frente, trata-se de algo muito estratégico. “Não nos é permitido viver mais lá, mas os 16 anos de experiência que acumulamos no Marrocos permitem que outros que queiram ser testemunhas de Cristo na região tenham um ministério mais efetivo. Podemos conectá-los com os cristãos que já conhecemos, instruir sobre como o aprendizado do idioma pode ser agilizado, auxiliá-los sobre como poderiam atuar profissionalmente para obter o visto, relacionar agências missionárias sérias que atuam na região, montar um orçamento realista do custo de vida e assim por diante”, conta, animada, Simone.

Apoio financeiro e em oração

A Família Ribeiro tem um site em português, o https://www.euoropna.com, com mais informações sobre a realidade do Norte da África e dos imigrantes que vivem na Península Ibérica. Nele, também há detalhes sobre as iniciativas mencionadas neste post, motivos de oração específicos, e há um link para contribuições financeiras.

Para prosseguir com o trabalho que realizam, é importante lembrar a Família Ribeiro obtém o sustento de contribuições de igrejas locais no Brasil e de cristãos brasileiros. O visto que eles têm (atividade religiosa) não permite que realizem atividades remuneradas e, em função da forte alta do dólar e da dificuldade financeira que alguns mantenedores atravessam no momento, as entradas sofreram decréscimo em torno de 30%.

 

Quer fazer contato com a Família Ribeiro? O e-mail é nortedafrica@sepal.org.br.

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