Vídeo mostra testemunho cristão na Palestina: “Ame seus inimigos”

Em dezembro de 2019, publicamos o artigo “Cristãos palestinos na história moderna”, um alerta sobre a redução da presença cristã na Terra Santa. Hoje, na melhor das hipóteses, os cristãos são 1,7% (senão menos) da população total (contabilizando os cristãos em Israel, na Cisjordânia e na Faixa de Gaza).

Contrariando diversas resoluções da ONU, não apenas os muçulmanos palestinos são pressionados, de diversas formas, a deixar o território que ocupam há séculos, mas também nossos irmãos e irmãs em Cristo na Palestina.

O Compromisso da Cidade do Cabo, do Movimento de Lausanne, faz uma confissão e um chamado ao arrependimento, afirmando o seguinte:

Reconhecemos, com tristeza e vergonha, a cumplicidade de cristãos em alguns dos acontecimentos mais devastadores de violência étnica e opressão, e o lamentável silêncio de grande parte da igreja no decorrer dos conflitos. Tais conflitos incluem o legado do racismo […] o holocausto contra os judeus […] o sofrimento palestino […] as castas oprimidas e o genocídio tribal. Os cristãos que, por ação ou omissão, agravam o sofrimento do mundo, comprometem seriamente nosso testemunho pelo evangelho de paz. Portanto, por causa do evangelho, lamentamos e chamamos ao arrependimento os cristãos que têm participado da violência étnica, da injustiça e da opressão. Também chamamos ao arrependimento os cristãos que muitas vezes foram cúmplices de tais males, por meio do silêncio, da apatia ou de presumida neutralidade, ou ainda oferecendo falsa justificativa teológica para tais atos.

A fim de que a igreja brasileira conheça esse sofrimento e não fique em silêncio, colocamos legendas em Português no vídeo a seguir. Nele, Daoud Nassar, cristão árabe cuja família vive há gerações em uma pequena propriedade (Tent of Nations) em Belém, Palestina, explica como, desde 1991, tentam expulsá-los dali, e como a resistência pacífica e os trabalhos que realizam, especialmente com crianças (cristãs, muçulmanas e judias), são um testemunho de Jesus naquele lugar. “Nós nos recusamos a ser inimigos” é o slogan que adotam.

Membros da equipe do Martureo, incluindo seu Diretor, Marcos Amado, já estiveram na Tent of Nations e testemunharam que os relatos de Nassar são verdadeiros.

Ansiamos pelo dia em que a Igreja será para o mundo o mais brilhante e visível modelo de reconciliação étnica e a defensora mais presente na resolução de conflitos.

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